quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Vestígios .

Ouço o doce som do relógio , as horas não passam .
Era um inferno ,mas fazia parte !
Tão quente , tão frio .
Não sei deveríamos esquecer tudo .
Por que ? Devo confessar que marcou .
Já faz tempo que não sinto nada , sei lá .
Nós gostaríamos de festejar , eu sei .
Era tudo tão podre , porém viciante .
Lembro dos venenos que juntos injetamos , lembro do gosto amargo de seu beijo !
Devo esquecer ?
Engraçado , vivíamos nos bueros da cidade , juntos a ratos imundos .
Éramos tão podres , e eu adorava .
Sua podridão sempre foi atraente .
Éramos de mentira , só aparência .
Está bem , serei sua melhor amiga , ou pior .
Dá próxima vez , injetaremos o mesmo veneno , de uma só origem .
O mais forte , o mais amargo , mais temido .
Quero deixar vestígios , eu posso e vou deixar !
Lembra quando você se foi e deixou ? Pois bem .

3 comentários:

  1. Interessante,vim falar da minha primavera, deixo umas flores, bjos.

    O deserto e o lugar solitário se alegrarão disto; e o ermo exultará e florescerá como a rosa.
    Isaías 35:1

    Sacudirá as suas uvas verdes, como as da vide, e deixará cair a sua flor como a oliveira,
    Jó 15:33


    Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes, o cipreste com o nardo.
    Cânticos 4:13

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  2. Olá!!
    Vi seu blog na comunidade da Clarice Lispector e gostei muito do formato e dos assuntos.
    Vou virar seguidor.
    Um beijão e oparabéns pelo trabalho.
    Eduardo
    (http://edurjedu.blogspot.com)

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  3. camila, esse poema é seu?? Nossa, gostei muito!!!! Minha Camila Espanca!!!!!

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